Velocidades da vida: em quais marchas você está se permitindo andar?

No ciclo da vida, iniciamos em marcha lenta e, aos poucos, vamos atingindo a velocidade máxima até retornarmos, mais uma vez, à marcha lenta. Quanta vivacidade experimentamos nas diferentes fases das nossas vidas, uns mais ousados, outros mais comedidos.


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Que permissão você tem tido para viver a sua vida de um jeito que se sinta responsável pelas suas conquistas e/ou derrotas?

É tão fácil culpabilizarmos nossos fracassos para outrem, sendo que, na verdade, somos nós quem escolhemos trocar de velocidade ou andar no neutro o tempo inteiro.

 
Muitas das nossas escolhas são pautadas nos exemplos que tivemos dos que nos promoveram os primeiros passos, sendo que nem sempre eles são as mais adequados. Mas o que você tem feito da sua vida?


Onde você vai com tanta pressa?
A todo instante, estabelecemos escolhas que determinam rumos e ritmos diversos em todos os setores das nossas vidas, seja no âmbito pessoal como no profissional. Quando estamos descobrindo nossas potências, é normal ambicionarmos resultados imediatos, mas, quando os alcançamos, desejamos mais e mais e mais... O que para muitos é o normal, para outros, pode desencadear um ciclo de insatisfação constante. 


Como poderíamos dosar tais velocidades que buscamos diariamente, sem que saiamos prejudicados com a pressa que nos permitimos viver? Como manter a lucidez diante de tantos atrativos e cobranças comportamentais mundanas? Recuar também é necessário.


Cada pessoa traz consigo um jeito único de se desenvolver

Saber respeitar tais diferenças pode ser uma boa escolha. Quando permitimos, que o sistema comportamental em massa nos formate, damos margem para um adoecimento que a médio ou longo prazo nos acometerá. Mas como nos blindarmos diante de tantas cobranças que nos são impostas diariamente? Acredito que, com autenticidade e um posicionamento coeso diante da vida, possamos estabelecer limites comportamentais evitando o caos pessoal e coletivo. 


Não é um caminho fácil, pois requer flexibilidade, foco, disciplina, autocuidado e consciência de si a todo instante. Quando mantemos a lucidez, as tomadas de decisões acolhem nossas necessidades. Quando agimos sob pressão, sem muitas vezes pensar, os resultados tendem a ser danosos. Nestes momentos, percebemos a importância das pausas e dos recuos como forma de consertar ações equivocadas concretizadas na pressa corriqueira.


O que tem nutrido suas escolhas?

Manter a consciência perante o que somos, assumindo nossas responsabilidades tanto nas pequenas ações como em ações com maiores proporções, pode ser um caminho mais humano e responsável. Quando tendemos, em nossas ambições, querer “abraçar o mundo”, deixamos de fazer com maestria, até as coisas mais simples da vida. Aprendermos a pensar e nos questionar antes de tomarmos decisões, pode ser uma escolha mais assertiva e menos precipitada, evitando, assim, que outros paguem o preço pelos nossos erros cometidos em nossos ritmos frenéticos e desenfreáveis. 


Saber dosar a velocidade da vida é demonstração de sabedoria. Viver no piloto automático tem um preço, e esse preço pode ser muito alto se você não tiver consciência do que deseja manter em estado de constância em sua vida. Se o sistema que controla automaticamente uma máquina requer manutenção humana, lucidez e consciência para refletir sobre as ações humanas requer sensibilidade e estado de presença para tomadas de decisões nas escolhas de quem se deseja ser e fazer!



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Daniela Minello

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